TAESA
02/05/2022
A história do Grupo TAESA, liderado pela concessionária de serviços públicos de transmissão de energia elétrica denominada Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (“TAESA”) começa no ano 2000. Neste ano, o ano de 2000 a Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”) realizou o Leilão 002/2000-ANEEL, composto por instalações de transmissão de energia elétrica divididas em três lotes (A, B e C). Assim, o Lote A, composto por, aproximadamente, 1.278 km de linhas de 500kV e 6 (seis) subestações, foi vencido pelo Consórcio Novatrans Energia, do qual faziam parte as empresas Civilia Engenharia S.A. e Camargo Correa. Este Consórcio constituiu uma sociedade de propósito específico denominada “Novatrans Energia S.A.” (“Novatrans”) para construir e explorar as instalações de transmissão. Já o Lote C foi vencido pelo Consórcio INEPAR/ENELPOWER, constituído pelas empresas EnelpowerS.p.A. e Inepar Energia S.A que igualmente, constituíram uma sociedade de propósito específico, denominada “Transmissora Sudeste Nordeste S.A.” (“TSN”), com o mesmo objetivo.
Pouco tempo após o Leilão, uma das empresas integrantes do Consórcio INEPAR/ENELPOWER, mais especificamente a EnelpowerS.p.A., que é uma empresa italiana integrante do Grupo Enel, adquiriu 100% do controle de TSN e Novatrans. Em 2003, o controle destas duas concessionárias foi transferido para a Terna S.p.A,, empresa italiana dotada de grande expertise no setor de transmissão de energia elétrica. Foi somente em 2006 que a Terna S.p.A decidiu constituir no Brasil uma holding, a Terna Participações S.A., (“Terna”) tendo transferido para esta holding o controle de TSN e Novatrans. Esta holding passou a se chamar, em 2009, Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. O porquê desta alteração de denominação social será revelado a seguir.
Durante o período em que a Terna esteve atuando no setor elétrico brasileiro, de 2003 à 2009 a Companhia adquiriu mais 5 (cinco) Concessionárias, por meio de suas subsidiárias. Foram 4 (quatro) aquisições secundárias e 1(uma) aquisição direta, sendo elas:
A) Aquisições Secundárias (compras diretas das ações e transferências de controles de empresas já existentes no mercado): 1) Munirah Transmissora de Energia S.A. (“Munirah”), adquirida em março de 2006, cujos aditivos compreendem 107 km adicionais de linhas de transmissão de 500 kV e 1 (uma) subestação. 2) Goiânia Transmissora de Energia S.A. – GTESA (“GTESA”) e a Paraíso – Açu Transmissora de Energia S.A. (“PATESA”), adquiridas em novembro de 2007, detentoras de 186 km de linhas de transmissão de 230 kV e 4 (quatro) subestações. 3) Empresa de Transmissão de Energia do Oeste S.A. (“ETEO”), adquirida em maio de 2008, detentora de 502 km de linhas de transmissão de 440 kV e 3 (três) subestações. 4) Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. – ETAU (“ETAU”), em 28 de dezembro de 2007, a Terna concluiu a aquisição de 52,58% do capital social da ETAU. A ETAU é detentora de 188 km de linhas de transmissão de 230 kV e 4 (quatro) subestações, sendo três delas compartilhadas e uma própria.
Atualmente a TAESA detém 52,58 % das ações da ETAU, a Eletrobrás Eletrosul 27,51%, a DME Energética Ltda. 10,00% e por fim a Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, que possui 10,00% das ações da Concessionária.
B) Aquisição Direta (aquisição dos direitos de exploração da concessão por meio de leilões públicos): 1) Brasnorte Transmissora de Energia S.A. (“Brasnorte”). A Terna tornou-se titular de 35% das ações da Concessão da Brasnorte por ter vencido, como integrante de um consórcio composto por Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Eletronorte, Bimetal Indústria e Comércio de Produtos Metalúrgicos Ltda., e a Terna, a disputa pelo Lote C do Leilão 004/2007. A Brasnorte foi constituída em janeiro de 2008, sendo que atualmente sua composição acionária é: 38,66% de ações detidas pela TAESA, 49,71% de ações sob o controle da Eletronorte e 11,62% de ações pertencentes à Bimetal.
Em outubro de 2006, a Terna abriu seu capital através de uma oferta pública inicial de ações na BM&FBOVESPA, aderindo ao Nível 2 de Governança Corporativa. Após a oferta pública inicial de ações, a Terna S.p.A., controladora da Terna, passou a deter 66%, enquanto os acionistas minoritários (FreeFloat) passaram a deter 34% do capital total da Companhia.Em maio de 2010, a CEMIG GT e FIP aumentaram sua participação na TAESA através de uma Oferta Pública de Ações, reduzindo o FreeFloat da Companhia para 4,7% do capital total. Finalmente em julho de 2012, a TAESA voltou ao mercado, emitindo R$1,755 bilhão em novas ações e, desde então, os acionistas minoritários passaram a deter 27% do capital total da Companhia.
SOBRE A EMPRESA
A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A., popularmente conhecida como Taesa, é um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do país. A principais atividades da empresa é a construção, operação e manutenção.
Dispondo de cerca de 2.600 km de superfície em construção e 10.979 km em operação, contabilizando 13.579 km de linhas de transmissão. Contando com ativos em 97 subestações em operação sob o nível de tensão entre 230 e 525kV, presente em 17 estados perpassando todas as regiões do país.
Na atualidade a empresa possui 39 concessões de transmissão, sendo: 10 concessões que formam a empresa holding (ATE e ATE II, ETEO, GTESA, Munirah, Novatrans, NTE, STE e TSN); 10 investidas integrais (ATE III, Brasnorte, Janaúba, Mariana, Miracema, Rialma I, São João, São Gotardo, Sant’Ana e São Pedro); e 19 participações (Transmineiras, ETAU e os Grupos AIE e TBE). Das concessões descritas anteriormente, 7 delas estão em processo de construção (Aimorés, ESTE, Janaúba, Ivaí, Mariana, Paraguaçu e Sant’Ana).
A empresa atua com o sistema de transmissão chamado SIN – Sistema Interligado Nacional, este sistema é administrado pela ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico, incumbido por atender aproximadamente 98% do mercado nacional de energia.
A empresa está apresentada na bolsa de valores brasileira no setor de nível 2, com os códigos TAEE3 (ações ordinárias), TAEE4 (preferenciais) e TAEE11 (units). A empresa se apresenta também com debentures nos códigos (TAEE-DEB41B0, TAEE-DEB41L0, TAEE-DEB51B0, TAEE-DEB51L0). Em 2019, a empresa fechou o ano com uma receita líquida de R$ 1,7 bilhões apresentando um crescimento de 9,8% em relação ao ano anterior, com um lucro líquido de R$ 1 bilhão.
Informações Complementares
A empresa Taesa, está listada na B3 com um valor de mercado de R$ 15,28 Bilhões, tendo um patrimônio de R$ 6,68 Bilhões.
Com um total de 515 funcionários, a empresa está listada na Bolsa de Valores no setor de Utilidade Pública e no segmento Energia Elétrica.
Nos últimos 12 meses a empresa teve um faturamento de R$ 3,47 Bilhões, que gerou um lucro no valor de R$ 2,21 Bilhões.
Quanto aos seus principais indicadores, a empresa possui um P/L de 6,84, um P/VP de 2,27 e nos últimos 12 meses o dividend yeld da Taesa ficou em 10,24%.
As ações de Taesa (TAEE11) se valorizaram nos últimos anos, vejamos o gráfico abaixo:
A Taesa também é conhecida por ser uma ação que paga ótimos proventos. Veja os últimos pagamentos feitos pela TAEE11:
Artigo escrito em 02/05/2022 por Peterson Siqueira. Conteúdo Educacional. Não é recomendação de compra. #BoraGanharDividendos
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